A provocadora banda KLF, também conhecida como
Justified Ancients of Mu Mu, deu sinais de vida 23 anos depois de desaparecer.
A dupla
Bill Drummond e
Jimmy Cauty , numa velha carrinha, surgiu agora numa livraria em Liverpool onde apresentou o seu livro com o título de
2023: Triology, descrito como "um drama de fantasia utópico ambientado no futuro próximo escrito no passado recente". Está cheio de referências irónicas à cultura de 2017 num aceno para o futuro sombrio que poderia acontecer com todos nós. Os Cinco Grandes que governam o mundo são o GoogleByte, o Wikitube, o Amazaba, o FaceLife e o AppleTree. Winnie, a principal protagonista, teve um caso com
Julian Assange na juventude e agora usa um iPhone23.
Michelle Obama foi a primeira presidente feminina dos EUA em 2020, mas agora apresenta modelos para
Damien Hirst. O
Putin foi coroado czar da Rússia.
Simon Cowell foi assassinado por um ex-concorrente ao vivo no "Got Talent"da China em 2017. Há também uma história alternativa para os
Beatles e o seu papel na paz mundial. No entanto, apesar do progresso tecnológico, as falhas sociais de hoje, particularmente a degradação das mulheres, permanecem inalteradas em 2023.
Além dos seus sucessos musicais electrizantes, a banda electrónica
KLF, com a sua carreira anárquica e anti comercial, sempre teve uma visão ferozmente contra o sistema. Quando ganhou o Brit Awards em 1992, mostrou o seu desdém fazendo o 3AM Eternal com o grupo de death metal
Extreme Noise Terror. Anunciaram a sua retirada do negócio da música atirando uma ovelha morta no tapete vermelho. Sabotaram o seu sucesso. Em Agosto de 1994, criaram a
Fundação K que participou numa série de projectos de arte, pronunciando-se sobre
Rachel Whiteread como a pior artista do ano em que ganhou o
Turner Prize. Queimaram um milhão de libras em público e filmaram a performance. Era o dinheiro que lhes restava dos proventos do KLF. Adoráveis bárbaros. Refrescantes nesta época do consumista e vulgar em que vivemos.