O fotógrafo
Wang Qingsong (1966) cuja obra se centra na Revolução Cultural Chinesa, apresenta uma exposição com o título de
Competion no Museu da Fotografia de Berlim. São imagens de grande formato, evocando os jornais de parede lançados por
Mao em meados da década de 60 que espalhavam a propaganda. "Na minha instalação cada cartaz é um anúncio para um determinado produto. Hoje, todos estão interessados no seu próprio lucro, todos se anunciam a si mesmos. A publicidade é a propaganda do nosso tempo e a politica a ganância", afirmou o artista numa entrevista. Noutras produções de
Qingsong chegaram a estar envolvidas 1.400 pessoas que foram pagas para participarem. Sobre a China actual diz que a geração mais jovem não se interessa por política. "Os pais organizam tudo para os seus filhos. Onde eles vão viver e a carreira a seguir. O Partido Comunista é como esses pais. Foi assim no tempo da Revolução Cultural e é assim hoje. As pessoas estão acostumadas a ter alguém a dizer-lhes o que fazer. O comunismo é como uma marca. Já ninguém acredita nos ideais do Partido Comunista. Usam-no para seu benefício. Ter um bom emprego, dinheiro e etc.", acrescenta o artista.
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