Suspenso do tecto está um batalhão de ciborgues brancos. Na esquina fica um gigante preto e prateado entre uma paisagem de espelhos quebrados e luzes piscando. Esta paisagem sci-fi da artista coreana
Lee Bul, que está até 27 de Agosto na
Hayward Gallery de Londres, parece um pesadelo. A artista cresceu sob a tirania de um regime autoritário. O seu corpo de trabalho que parece obcecado com a cibernética, o corpo e a arquitetura, não deixa de olhar por cima do ombro para as nuvens escuras da história. Criou peças sobre tortura e morte, o silenciamento de protestos, sobre um país se desintegrando. Existem inúmeros modelos arquitetônicos espalhados pelo espaço, pequenas cidades futuras pontilhadas de referências a construções icônicas. Vidros surgem em todos os lugares, fragmentos de metal e figuras humanas robóticas. O que
Lee Bul está dizendo é que as coisas ao nosso redor podem ter múltiplas narrativas. Nascida na Coreia do Sul em 1964, esta artista que explora a escultura e a instalação surgiu no cenário internacional nos anos 80. Vi uma exposição dela no
New Museum de Nova Iorque com o título de
Live Forever. É uma artista muito boa. Verdadeiramente impressionante.
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