A Arábia Saudita executou um homem por crucificação dentro de
Meca, considerada a cidade mais sagrada do Islão, informou a
Bloomberg. Aconteceu ontem, na mesma semana em que uma briga saudita com o Canadá por causa de críticas de direitos humanos se transformou numa guerra diplomática e econômica. Ironicamente, a crucificação foi realizada um dia depois que a media saudita começou a criticar os direitos humanos do Canadá através de uma série de vídeos bizarros exibidos em canais estatais, em resposta às críticas iniciais do próprio Canadá à detenção de activistas do reino. A sentença de crucificação, considerada o método mais brutal de punição capital do reino, é reservada para os mais notórios crimes. Neste caso, um homem de Mianmar foi condenado por invadir a casa de uma mulher, ameaçando-a com uma arma e depois assassinando-a por esfaqueamento repetido. Outras acusações que o imigrante enfrentou iam desde o roubo de armas até casos separados de tentativa de estupro e assassinato, inclusive numa acusação de invasão domiciliar.
Elias Abulkalaam Jamaleddeen foi executado depois que a pena de crucificação foi confirmada pelo supremo tribunal do país e recebeu a aprovação final do rei. A Amnistia Internacional descreve esta prática repulsiva: depois da decapitação, corpo, com a cabeça separada costurada de volta, é pendurado num poste em público. A Arábia Saudita está entre os principais carrascos do mundo e decapitou mais de 48 pessoas somente nos primeiros quatro meses de 2018 , de acordo com a
Human Rights Watch. Em 2015 o número de decapitações e execuções foi mais de 100 por ano. A Arábia Saudita é um dos três principais países que realizam o maior número de execuções por ano, encontrando-se a China no topo da lista e o Irão em segundo lugar.
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