A entrevista exclusiva ao The Grayzone, o coronel Douglas Macgregor, um ex-assessor sênior do secretário de defesa interino, revelou que o presidente Donald Trump chocou os militares dos EUA apenas alguns dias após a eleição em novembro passado ao assinar uma ordem presidencial pedindo a retirada de todas as tropas americanas restantes do Afeganistão até o final do ano.
Como Macgregor explicou ao The Grayzone, a ordem de retirada foi recebida com intensa pressão do presidente do Estado-Maior Conjunto (JCS), General Mark M. Milley, o que fez com que o presidente capitulasse. Trump concordou em retirar apenas 5 mil soldados. Nem a ordem de Trump nem a pressão do presidente do JCS foram relatadas pela mídia nacional na época.
A rendição do presidente representou a última vitória do Pentágono numa campanha de um ano para sabotar o acordo de paz EUA-Talibã. A manobra do Pentágono e do comando militar foi avançada por meio de uma história vazada no New York Times e publicada em 8 de março. Abaixo da manchete, "Um acordo secreto com o Talibã: quando e como os EUA deixariam o Afeganistão", a história se referia a dois “Anexos secretos” para sugerir enganosamente que os acordos alcançados com o Taleban não foram totalmente reflectidos no texto publicamente disponível. O estratagema do Times relembrou a histeria nacional que o jornal desencadeou no verão passado quando legitimou uma fraude da inteligência afegã ao publicar uma série de extensos artigos afirmando que a Rússia havia pago recompensas aos combatentes do Talibã pelos militares americanos mortos. Na verdade, a história dos “anexos secretos” foi simplesmente o mais recente engano político implantado pelo Pentágono para torpedear os planos de uma retirada dos EUA. (Grayzone_revista de esquerda-esquerda).
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