Calminhos!

"Bem - vindo ao oeste da China  ! A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os Estados trabalhem para convencer da - indiscutível - utilidade da vacina contra a Covid-19 em vez de usar coerção. Mas o Sr. Emmanuel Macron decidiu o contrário. Este presidente que nunca cessa de matar o   iliberalismo. Só concebe as liberdades públicas como uma variável de ajuste. Além disso, insignificante e destinado a desaparecer por trás de todas as emergências do momento - médica, segurança, guerreira. Proibir milhões de pessoas de apanhar o comboio, pedir uma refeição no terraço, ver um filme nos cinemas sem ter comprovado que não foram infectadas, fornecendo, se necessário, dez vezes ao dia, um pedaço de identidade que o comerciante às vezes terá de verificar a si mesmo nos leva a outro mundo. Já existe. Na China, exatamente. Os policiais possuem óculos de realidade aumentada que, ligados a câmeras térmicas colocadas em seus capacetes, permitem detectar uma pessoa com febre no meio da multidão  ( 1 ). É isso que nós, por sua vez, queremos ?

Em qualquer caso, endossamos com bastante benevolência a invasão digital galopante e o rastreamento das nossas vidas íntimas e profissionais, nossas trocas, nossas escolhas políticas. Questionado sobre como evitar que nossos dados, uma vez que nossos telefones celulares tenham sido hackeados, se tornem armas contra nós, o Sr. Edward Snowden disse: “  O que as pessoas podem fazer para se proteger das armas nucleares  ? Armas químicas ou biológicas  ? Existem indústrias, setores para os quais não existe proteção, por isso procuramos limitar a sua proliferação".  É exatamente o oposto que o Sr. Macron encoraja precipitando a substituição das interações humanas por um maquis de sites administrativos, robôs, caixas de correio de voz, códigos QR, aplicativos para download. A partir de agora, reservar uma passagem, comprar online, requer tanto um cartão bancário como a comunicação do número do seu telemóvel, ou mesmo do seu estado civil. Houve um tempo, que não foi a Idade Média em que se podia tomar o comboio no anonimato, cruzar uma cidade sem ser filmado, sentir-se ainda mais livre por não deixar vestígios de sua passagem. E, no entanto, já havia sequestros de crianças, ataques terroristas, epidemias - e até guerras." (Serge Halimi-Le Monde Diplomatique ).

Nota: A França, um país com dignidade, está em pé de guerra. Os coitados dos portugueses aceitam tudo o que lhes impingem.Idiotas inúteis, contentinhos, anestesiados não contestam nada..uns pobres diabos, uns coitados.