A líder indígena brasileira Sonia Guajajara disputa o principal reconhecimento de direitos humanos na Europa, o Prêmio Sakharov, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
Guajajara foi indicada pelo bloco ecologista, que destacou a sua atuação na defesa florestal e na luta pelos direitos indígenas. Guajajara é "inspiradora", segundo a eurodeputada Anna Cavazzini, que alerta: "Os povos indígenas estão sob ameaça, especialmente no Brasil." A líder indígena também já havia sido eleita uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Time, em maio deste ano.
Julian Assange merece o prémio Sakarov. O fundador do Wikileaks, está em vias de ser extraditado e condenado nos EUA por expor crimes de guerra. É a criminalização de um jornalista que possibilitou o vazamento de informações de interesse público e expandiu o poder da liberdade de expressão contra os poderosos com o advento da internet. A recente revelação de que a empresa de segurança espanhola na embaixada equatoriana em Londres, onde Assange havia recebido refúgio político, era uma frente da CIA que espionava os advogados, médicos e confidentes de Assange foi ignorada. A mais recente divulgação de uma reportagem, reproduzida graficamente pelo advogado de defesa perante o tribunal superior em outubro, de que a CIA planejava assassinar Assange em Londres, também foi ignorada. Só que a União Europeia não tem espinha dorsal para contrariar os Estados Unidos. O WikiLeaks limitou-se a divulgar o “Assassinato Colateral”, o massacre de 11 civis iraquianos por um helicóptero de guerra norte-americano em Bagdad, inclusive dois jornalistas da Reuters, em 2007. Crime de guerra exposto há mais de uma década, gravado pelo próprio Pentágono, e cujos executores e mandantes permanecem impunes.
Quanto a Zelensky, essa figura inventada pelas empresas americanas de propaganda, incluindo a criminosa agencia do império, nem vale a pena falar. Certamente será ele o distinguido. Vamos apostar?
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