Bad Boy: My Life On And Off the Canvas é um livro de memórias escrito por
Eric Fischl que pertenceu à geração dos
golden boys das artes plásticas onde distinguiram também
David Salle e
Julian Schnabel. Sincero e revelador, descreve como o dinheiro de
Wall Street invadiu o antigo sistema das galerias, tornando milionários os artistas emergentes anos 80. Verdadeiras estrelas frequentavam as festas dos clubes nova-iorquinos com champanhe, álcool e cocaína. Aqueles ambientes loucos que o escritor
Bret Easton Ellis retratou em
American Psyco. Rotularam-nos de neo-expressionistas, mas o que realmente os uniu como movimento foi o "regresso à pintura". Depois de décadas de abstracção havia uma certa fome de figuração. Em 1987 aconteceu o crash da bolsa e os investidores fugiram. A moda mudou, impondo a chamada "arte política", e eles foram considerados retrógados.
Eric Fischl sentiu-se marginalizado, irrelevante e deprimido. "Eu era um suburbano bad boy deslumbrado com o dinheiro. Cínico, sarcástico e desdenhoso de toda a autoridade. Agora sou mais tolerante com a classe média americana cheia de ambição. É uma classe em transição que se esforça na defesa dos valores culturais ", sublinha.
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