O novo livtro de
Luc Sante com o título de
The Other Paris é declaração de amor a uma cidade que morreu. Escreve sobre o mundo do crime, da insubordinação que se foi deenvolvendo ao longo da história nas entranhas da capital francesa. Onde se cruzavam prostitutas, norta-africanos, carteiristas,, judeus, membros de gangs tatuados, os apaches, os insurgentes das barricadas, os dandies oriundos do submundo. "A cidade já não é tão interessante como era. Tal como muitas outras perdeu a intimidade. Até o comércio de bairro está a ser dizimado. Mas o mais chocante de todas as mudanças é o desaparecimento das crianças brincando nas ruas", afirma o escritor nascido em 1954, em Verviers. na Bélgica. Em criança, emigrou com a família para New Jersey onde havia "uma verdadeira classe trabalhadora". Na adoslescência sentiu-se atraído pelo surrealismo, procurava na área "ainda industrial do West Side Manhattan as paisagens do sonhado de Rimbaut e Lautréamont". Pouco depois de chegar à universidade da Columbia conheceu
Jim Jasmush com quem tinha grandes afinidades. Partilhavam a paixão pela poesia, o cinema experimental, o punk, o jazz, os situacionistas, a Nouvelle Vague, Brion Gysin e William Burroughs. Influências explosivas. Nova Iorque, nos anos 70 e 80, era "um lugar fértil para jovens escritores e artistas". Trabalhou na livraria
Strand, frequentava o CBGB e o lendário clube
Loft. Era amigo de
Basquiat e de
Kate Acker. " As cidades como Nova Iorque e Paris forama domadas pelo capitalismo", sublinhou numa entrevista.
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