É uma exposição fabulosa. Da artista italiana
Carol Rama (1918-2015) que está no
New Museum, em Nova Iorque. Com o titulo de
Antibodies, a retrospectiva de uma artista que durante a maior parte da sua vida foi ignorada pelo mundo da arte. Criou inúmeros trabalhos ao longo de várias décadas num "estado de insanidade deliberada" como ela disse. As suas pinturas, feitas na década de 1930 são divertidas e delirantes, representações grosseiras do sexo e dos traumas. Mulheres que dão à luz serpentes, pacientes em cadeiras de rodas e retratos regulares de bestialidade. Oriunda de uma classe média de Turim, o seu mundo entrou em colapso quando tinha 8 anos. O negócio do pai desmoronou, atirando a família para a pobreza, e a sua mãe acabou num asilo. Em 1945, a primeira exposição individual de Rama em Turim foi encerrada pela polícia sob o pretexto de obscenidade. "Eu não tinha modelos para a minha pintura. Não precisava de nenhum, tendo já quatro ou cinco desastres na família, seis ou sete trágicas histórias de amor e o meu pai que cometeu suicídio aos 52 anos. São coisas que foram suficientes para eu ter assuntos para trabalhar. Não tive pintores como mestres", afirmou. O
New Museum apresentou, integrado na retrospectiva, o filme dirigido por
Simone Pierini e premiado
Carol Rama: More and Even More (2003), com observações introdutórias da curadora assistente
Helga Christoffersen.
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