O declínio dos rendimentos médios, juntamente com o aumento dos preços, está criando na população ucraniana um sentimento de desespero. Pedem uma "governo autoitário" devido à insatisfação com o presidente
Poroshenko. A verdade é que
Andriy Biletsky, conhecido pelos seus camaradas de armas como o
Führer White, tem cada vez mais apoios no parlamento ucraniano. Não não esconde os seus pontos de vista que foram expressos na sua declaração programática de 2014: "O nacionalismo social racial ucraniano é o núcleo da ideologia da organização Patriota da Ucrânia". Disse: "A missão histórica da nossa nação neste momento crítico é liderar a Global White Race na cruzada final para a sua sobrevivência. Uma cruzada contra o Untermenschen semita". Foi atraído pela ideologia nazi em 2000 quando ainda era estudante universitário. Escreveu um artigo sobre as atividades do exército insurgente ucraniano colaboracionista durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda estudante de história fundou o
Patriot of Ukraine em conjunto com
Andriy Parubiy, o actual presidente do parlamento ucraniano, e mais tarde o
Batalhão Azov. Actualmente, também lidera a Assembléia Social-Nacional, um grupo que acolhe várias organizações racistas e neo-nazis. Ele próprio afirmou ter tido um envolvimento nas operações militares e terroristas. A sua aliança com o novo governo em Kiev tornou possível "legitimar" os seus militantes e conseguir que o Estado pague a sua manutenção. O Batalhão Azov foi incorporado na Guarda Nacional da Ucrânia, que está sob o controlo do ministro dos Assuntos Internos e ex-governador da região de Kharkov,
Arsen Avakov. Em Novembro de 2014, Avakov postou na sua página do Facebook: "Actualmente, dezenas de crianças do Batalhão Azov já estão sendo treinadas numa escola de artilharia, aprendendo a coordenar operações com o esquadrão de tanques atribuído ao seu regimento". As forças de extrema-direita na Ucrânia estão prontas para agir. Nos últimos três anos,
Biletsky evitou fazer declarações racistas e esteve ocupado em dar uma imagem positiva de si mesmo para o público ucraniano e internacional. Agora espera que a crescente crise de poder na Ucrânia e a iminente queda do regime de
Poroshenko lhes ofereça uma oportunidade única de tomar o poder. O seu ódio à Rússia e o desejo de escalar o conflito armado na parte oriental do país provavelmente obterão a "neutralidade benevolente" das principais potências ocidentais, tal como Hitler desfrutou na véspera do seu ataque à URSS. E para qualquer observador imparcial, é claro que as "repúblicas de Weimar" sempre se transformam em Reichs.
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