Morreu o escritor
Tom Wolfe. Tinha 88 anos. Sempre com os seus impecáveis fatos brancos de alfaiate, encarnava figura do dandy. Tinha o culto do estilo e da diferença. Foi o "inventor" do novo jornalismo. Introduziu na reportagem expressões, palavras que imitavam sons reais, impressões subjectivas e elementos narrativos próprios da literatura. Oriundo do sul, vivia em Nova Iorque desde os anos 60 onde se tornou jornalista. Mais tarde, já famoso, mudou-se para um amplo apartamento na Upper East Side com vista para o Central Park. Um dos seus livros mais emblemáticos é
A Fogueira das Vaidades que foi adaptado ao cinema. Também gosto muito de
Right Stuff que foca a vida dos astronautas do programa espacial americano. Deu o filme
Os Eleitos, protagonizado por
Sam Shepard que no papel de
Chuck Yeager conseguiu passar a "barreira de som". Diverti-me imenso quando li
Radical Chic and Mau-Mauing the Flack Catchers. É uma prosa arrevesada e humorística sobre a festa de
Leonard Bernstein no seu luxuoso duplex na Park Avenue que tinha como convidados especiais os dirigentes dos
Black Panthers devidamente ataviados de cabedal negro e as suas decorativas
Magnum 357. "Muita gente considera-me conservador porque determinados aspectos como o mundo das artes plásticas, a superioridade moral da esquerda ou o politicamente correcto fazem-me rir", afirmou numa entrevista.
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