Joyce Pensato (1941-2019)

Morreu Joyce Pensato, uma  pintora figurativa de Nova Iorque ligada à cultura pop que era representada pela Friedrich Petzel Gallery. As suas pinturas, desenhos a carvão, esculturas e instalações eram diferentes das tendências seguidas pelo mundo da arte. Nunca abdicou de ser ela própria e fazia o que lhe apetecia, sempre numa onda anti-sistema. Eu estive no estúdio dela em Brooklyn. Era uma mulher visualmente excessiva que vestia roupas e acessórios gritantes. Os seus trabalhos mais conhecidos são imagens em preto-e-branco de personagens de desenhos animados como Mickey Mouse, Felix, the Cat, Batman, Homer Simpson e Cartman de South Park . Começou a pintar essas obras no início dos anos 90, depois de fazer abstrações que ela qualificou de “horríveis”. Nas entrevistas citava expressionistas abstratos como Franz Kline e Willem de Kooning como influências. No início de carreira tinha um estúdio dividido com o agora famosíssimo artista Christopher Wool  que a convenceu a usar o esmalte em vez de tinta a óleo. Joyce Pensato nasceu no Brooklyn , filho de pai imigrante siciliano e mãe ítalo-americana. Em meados dos anos 1970, quando tinha 30 anos, matriculou-se na New York Studio School, onde uma de suas instrutoras era Mercedes Matter, que fundou a escola em 1964. Desde sua inauguração, a New York Studio School tem funcionado como um atelier em que a arte é inteiramente prática, com especial atenção ao desenho. A este respeito, a New York Studio School é o oposto de muitas escolas de arte actuais, que enfatizam a arte conceitual e as práticas pós-estúdio, e relegam o desenho, se é que é ensinado, ao departamento de ilustração. As obras na linha da caricatura de Pensato são cativantes e divertidas.