EM 11 de Maio de 2019, no Central Park de Havana, a comunidade
LGBTIQ de Cuba realizou sua primeira marcha política não autorizada de sucesso. Mais de 200 pessoas marcharam desde da estátua de José Martí (o poeta e herói nacional, pelo parque e Prado até ao final da avenida no Castillo San Salvador de la Punta. A marcha foi organizada para comemorar o Dia Internacional Contra Homofobia, Transfobia e Bifobia, depois que o governo cubano cancelou a celebração oficial sem explicação. Em frente à estátua de Juan Clemente Zenea (outro poeta assassinado pela Espanha), a polícia interceptou os manifestantes. Apesar das declarações explícitas nos dias anteriores de que não se tratava de uma manifestação contra o governo, mas, em vez disso, um apelo à expansão dos direitos dentro da ordem legal estabelecida pelo governo, a polícia cercou os manifestantes na esquina de Prado e San Lázaro e os reprimiu violentamente. Vários dos envolvidos na organização foram perseguidos nos dias seguintes ao evento. Uma marcha em Cuba é sempre um assunto sério, e essa, conhecida como #LaMarchaVa (#TheMarchContinues) nas medias sociais, foi bem documentada pelas testemunhas oculares e pela media. A marcha provavelmente não será o "Cuban Stonewall", como alguns sugeriram. Seu carácter era singular. No entanto, o evento foi um marco importante na luta pelos direitos LGBTIQ e direitos humanos em geral em Cuba. A resposta do estado revela quão mal preparada a classe dominante cubana está para lidar com as transformações contínuas e incontroláveis em andamento devido às mudanças económicas, tecnológicas e demográficas no país.
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