quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

A agenda de Joacine

Esta gritaria contra Joacine Katar Moreira já me começa a irritar. Os medias estão abarrotados de papagaios imbecis que apoiam Rui Tavares, um cinzentão que sempre me fez bocejar de tédio. Um insignificante que meteu na cabeça que vinha abanar o sistema com um partido novo. Não vai a lado nenhum. Concordo plenamente com o António Cerveira Pinto. " O Livre é um partido de aviário. O aviário neste caso tem sido o Público e a RTP. O seu líder e fundador é Rui Tavares, ex-deputado eleito pelo Bloco em Bruxelas, que abandonaria o BE em pleno mandato europeu, para ser livre, supõe-se. Agora, o tiro saiu-lhe pela culatra. O Livre tentou instrumentalizar (a queixa vem de Joacine) uma intelectual negra, ainda por cima gaga, para atrair uma boa votação nas últimas legislativas, em nome das ideologias politicamente correctas. Conseguiu a eleição, mas a passarinha saiu da gaiola, voou, e é agora verdadeiramente livre para criar um partido focado nas minorias africanas e afro-descendentes, e no anti-racismo, na anti-xenofobia, etc., sem precisar do paternalismo de Rui Tavares. O Livre lançou um partido novo, mas à primeira dificuldade revelou-se um partido como os outros, centralista, hierárquico, autoritário. Os deputados, pelas definições antigas, não têm cabeça... Creio que a negritude, e ainda o facto de ser mulher, gaga, mas também doutorada e activista anti-racista e especialista em temas pós-coloniais, lhe conferem um perfil ímpar na paisagem político-partidária e eleitoral indígena. O país não percebeu, e os comentadores ainda menos, esta originalidade. Preferiram reagir por instinto à performance política e ideológica da jovem deputada, com resultados desastrosos, revelando (quem diria!) um mal  disfarçado racismo". (Via blogue O António Maria)

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