Terroristas do Estado Islâmico alegraram-se com a morte do general iraniano Qassem Soleimani pelas mãos de seus "aliados" americanos, de acordo com um jornal semanal ligado ao grupo que já controlou grande parte da Síria e do Iraque. O jornal Al-Naba retratou a morte de Soleimani, o arquitecto das operações clandestinas militares no exterior do Irão, como um acto de intervenção divina de apoio à sua causa e dos muçulmanos em geral, de acordo com a BBC Monitoring. Citando a possibilidade do EI reaparecer, os EUA recusam retirar-se do Iraque. Os legisladores iraquianos aprovaram uma resolução não vinculativa exigindo a retirada dos EUA logo após o assassinato de Soleimani, mas o Departamento de Estado disse na sexta-feira que isso não ia acontecer. Líder do grupo paramilitar xiita ameaça as tropas americanas no Iraque e goza dos ataques com mísseis do IRGC. Acredita-se que apenas alguns milhares de combatentes do ISIS tenham sobrevivido à guerra, estejam na clandestinidade espalhados em diferentes partes do Iraque. Os combatentes do ISIS vivos estão enfraquecidos. "Não são ainda uma ameaça, mas não desapareceram", diz Renad Mansour, director do programa Iraq Initiative na Chatham House e do Instituto Real de Relações Internacionais de Londres. Afirmou que os problemas do Iraque de corrupção e disfunção, podem permitir que o ISIS floresça. "Era uma solução militar, não política, que fez com que o grupo emergisse e dominasse o Iraque". O grupo poderia tirar proveito da disfunção do governo iraquiano após meses de protestos para reunir novamente as pessoas à sua causa, como fizeram no passado. "Eles esperam e percebem que o governo do Iraque não está sendo eficaz. Mansour diz que a morte de Soleimani ajudou a unificar as Forças de Mobilização Popular rivais do Iraque, que travaram a batalha terrestre contra o ISIS, e lutam entre si pelo controlo político. Essas divisões, como os protestos de rua, também foram engolidos pela crise nos últimos dias, talvez fazendo das milícias uma força em qualquer futura luta antiterrorista. "Um dos maiores impactos imediatos é a unificação do bloco político xiita", disse.
Segundo a BBC, muitas pessoas não se juntaram à multidão no funeral do general Soleimani que não consideravam como um indivíduo do "bem".Viam-no como chefe da engrenagem numa máquina opressora. Os reformistas no Irão não se esqueceram de que ele era um dos 12 comandantes que escreveram para o então presidente Mohammad Khatami em 1999 ameaçando um golpe, a menos que ele pusesse fim à agitação da universidade. Muitos viam-no como o arquitecto do envolvimento equivocado do Irão nas guerras regionais. Dirigiu as forças do Hezbollah no sul do Líbano na luta contra Israel em 2006. Envolveu o Irão na guerra civil na Síria, onde as forças pró-iranianas que ele organizou, foram responsáveis por milhares de mortes de civis .Ele estabeleceu e financiou dezenas de milícias xiitas no Iraque que operavam fora do controlo do governo, trouxeram instabilidade ao país e ajudaram a criar a condição para o aumento do EI. No Iémene, envolveu o Irão no apoio aos xiitas houthis que tinham derrubado o governo eleito. Biliões de dólares em dinheiro iraniano que poderiam ter sido gastos em casa para ajudar os milhões que vivem na pobreza foram gastos em aventuras.
adios amigos
Há 9 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário