Anne Sinclair foi eleita "mulher francesa do ano" pela revista
Terrafemina. As associações e os blogues feministas insurgem-se contra "este anúncio grotesco, revelador das manipulações mediáticas quotidianas". Curiosamente, a sondagem mostra que a dedicada esposa de
Dominique Strauss Kahn subiu ao primeiro lugar com os votos das mulheres na faixa etária entre os 50 e 60 anos e na maioria reformadas. Já os homens optaram por
Christine Lagarde que figura na lista das escolhidas numa segunda posição. Há uma teia de interesses que passa por
Veronique Mordi, fundadora da revista em causa e presidente da
Womens`s Forum, que está ligada a diversas empresas internacionais. "Trata-se de uma mulher bem à direita, próxima da UMP e dos socialistas da tendência DSK". Os dois institutos de sondagens envolvidos têm como accionista
Vincent Bolloré da Harri`s Interactive
e Stéphane Fouks, dono da Euro RSCG que, na área do marketing e da publicidade, aconselha os grandes homens de negócios do planeta e gere a imagem do antigo presidente do FMI desde 2007.
Assiste-se, graças ao serviço de profissionais pagos a peso de oiro, a uma limpeza da imagem do casal.
Anne Sinclair prepara-se para ocupar o cargo de directora da versão francesa do site americano
Huffington Post que vai ser lançado pelo grupo do
Le Monde. Contra a vontade de alguns jornalistas que evocam a falta de objectividade da senhora nas turbulências judiciais. Mas o banqueiro
Mathieu Pigasse, financeiro do
Le Monde e dos
Inrocpts, não vê qualquer problema nessa contratação. Próximo de DSK era conselheiro do demitido governo socialista da Grécia cujo desempenho foi o que se sabe.
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