terça-feira, 13 de dezembro de 2011

La Muerte



Nos últimos três anos, segundo as estatísticas publicadas, foram 30 mil as mortes violentas produzidas na Colômbia onde a vida humana não vale nada. A indústria da morte funciona à perfeição neste país. Dá de comer a muita gente. O número de forenses quase que triplicou e não têm mãos a medir. Há que pagar comissão até para uma autópsia rápida. Os coveiros disputam os cadáveres e aos construtores de caixões não falta trabalho. Sejam caixas de madeira para pobres ou luxuosas urnas de caoba e oiro para narcotraficantes. Dezenas de corpos se amontoam na morgue à espera de alguém que venha reclamá-los. Para os que querem continuar vivos há um rico mostruário de coletes antibalas e carros blindados com vidros que resistem aos impactos da Magnum 44. A capacidade de adaptação do ser humano e do espírito de empresa nunca deixa de nos surpreender. (Em cima, La Muerte Tocando Guitarra, 1982 de Botero).

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