Não há pachorra

Este país não tem mesmo ponta por onde se lhe pegue. Estupidamente tendencioso, estupidamente ridículo. Ontem à noite houve na Sic Notícias um programa sobre a vaca fria da crise moderado pela sonsa da Ana Lourenço. Não é que a sua postura low profile me incomode, não aquece nem arrefece. Mas os intervenientes...francamente do piorio. Frei Bento Domingues, com um discurso tosco e sotaque de pároco minhoto, proferia máximas primárias do tipo taxista de esquerda. Em tom zangado, o que não fica bem a um religioso, sugeria que não vivemos em democracia. Maria Filomena Mónica constantemente interrompida pelo picareta falante do Ricardo Costa que fala de tudo como se tivesse conhecimento de causa, tentava num tom condescendente contrariar a casmurrice ignorante do frade. Entediada, mudei rapidamente para outro canal da concorrência onde se discutia as "contas à vida". Uma seca. As análises económicas de Pina Moura e Braga de Macedo funcionam como um soporífero. Zapping, zapping. Concentrei-me numa série de acção com agentes da CIA.