terça-feira, 21 de maio de 2013

Jeff Koons

Há quem o considere o artista americano mais bem sucedido depois de Andy Warhol. Também já o qualificaram de "power pop" empresário que tem uma interminável lista de encomendas, coleccionadores fiéis, e vende "brinquedos" por 30 milhões de dólares. Eu conheço-o pessoalmente e acho que é um grande criador. Culto e talentoso, conjuga o banal com o sublime. Conservador no vestuário, fato e gravata, cabelo bem cortado e um permanente sorriso afável, não corresponde nada à imagem tipificada do artista. Nunca se enerva nem levanta a voz, tudo sob controlo. Transmite uma energia positiva. Disse que Robert Plant ensinou-o a sentir. Não frequenta festas sociais, não gosta de exibir carros desportivos, recusa o estatuto de celebridade. Aos fins de semana deixa o seu magnífico atelier de Manhattan onde trabalham uma centena de assistentes e artesãos e refugia-se com a mulher e os seis filhos na sua fazenda da Pensilvânia. A sua obra destaca-se pelo perfeccionismo, a teatralidade e a ligação aos valores artísticos tradicionais. Inspira-se na iconografia das estátuas romanas e também em objectos domésticos como aspiradores Hoover, bolas de basquetebol ou em figuras como o Popeye. " Brinca desmontando um sistema onde há apenas uma maneira de olhar para as coisas. É uma fusão de Dali, Duchamp e Disney", salienta o crítico Jerry Saltz. Neste momento Koons expõe em duas galerias de Nova Iorque, na Larry Gagosian e na David Zwiner, dois poderosos moguls do mercado da arte. Em Setembro de 2014 já está programada a sua retrospectiva no Whitney Museum.    

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