Durante décadas
Joseph Beuys foi glorificado como uma das figuras mais influentes da vanguarda germânica. Mas agora surgiu uma nova biografia onde
Peter Hans Riegel garante que o artista, além de ser "um mentiroso em série" nunca se libertou da ideologia nazi professada na juventude. Aponta factos, ligações e atitudes que sustentam esta tese. Nascido em 1921 oriundo de uma família burguesa e católica,
Beuys criou um tipo de arte com uma acentuada marca provocatória. Encenou performances onde falou com lebres, dissecou cadáveres, quebrou pianos e enrolou-se em panos como se fosse uma múmia viva. Plantou 7000 árvores de carvalho em
Kassel, o que causou alguma polémica. O autor do livro, que foi assistente de
Jorg Immendorff e conheceu
Beuys, afirma que o mito encobria uma pessoa bastante reaccionária e até perigosa que estava obcecado com as teorias raciais de
Rudolf Steiner, o fundador da antroposofia que suporta a pedagogia
Walforf. E acreditava que o povo alemão tinha uma missão especial a cumprir. Ainda muito jovem ofereceu-se para fazer o serviço militar, pois achava o pacifismo uma cobardia.Tinha como patrono
Karl Stroler, um empresário e coleccionador, que veio-se a descobrir doou grandes somas de dinheiro ao Partido de Hitler. Quanto à veracidade disto tudo, não sei. Mas também ficaria não me surpreende. O certo é que ele formulou um conceito ético de arte seguindo o rasto do romantismo alemão.
Konzertflugeljom (1969).
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