O trabalho de
Sophie Calle (1953) consiste em intrometer-se nas vidas alheias. Intrometer-se de verdade, fisicamente, como fazem os detectives ou um maníaco atrás da sua presa. O escritor americano Paul Auster, na sua novela
Leviatán, inspirou-se nela para criar a personagem de uma fotógrafa. A obra desta artista francesa conceptual é considerada como uma das mais originais da actualidade. É assim, desde a década de 80, quando começou a fazer fotos detectivescas. Na série
Vénetienne (1983) perseguia pessoas nas ruas de Veneza, disfarçada com uma peruca e óculos escuros. Trabalhou temporariamente como empregada de um hotel na cidade italiana onde recolheu imagens das marcas tal como as deixavam, os usurários dos quartos. Em
Blind Color perguntou a alguns invisuais sobre as suas ideias da beleza e da arte, contrastando-as com as opiniões de artistas como
Piero Manzoni,
Ad Reinhardt ou
Robert Rauschenberg. Até 26 de Agosto,
Sophie Cale tem uma exposição com o título de
Take Care Yourself no Museu de Arte Contemporânea de Monterrey, México.
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