terça-feira, 1 de julho de 2014

A detective

O trabalho de Sophie Calle (1953) consiste em intrometer-se nas vidas alheias. Intrometer-se de verdade, fisicamente, como fazem os detectives ou um maníaco atrás da sua presa. O escritor americano Paul Auster, na sua novela Leviatán, inspirou-se nela para criar a personagem de uma fotógrafa. A obra desta artista francesa conceptual é considerada como uma das mais originais da actualidade. É assim, desde a década de 80, quando começou a fazer fotos detectivescas. Na série Vénetienne (1983) perseguia pessoas nas ruas de Veneza, disfarçada com uma peruca e óculos escuros. Trabalhou temporariamente como empregada de um hotel na cidade italiana onde recolheu imagens das marcas tal como as deixavam, os usurários dos quartos. Em Blind Color perguntou a alguns invisuais sobre as suas ideias da beleza e da arte, contrastando-as com as opiniões de artistas como Piero Manzoni, Ad Reinhardt ou Robert Rauschenberg. Até  26 de Agosto, Sophie Cale tem uma exposição com o título de Take Care Yourself no Museu de Arte Contemporânea de Monterrey, México.      

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