quinta-feira, 17 de julho de 2014

Previsões falíveis

Na Rússia, na China e em Cuba por exemplo a liberdade não é um direito. Mas as coisas vão mudar. Segundo um relatório da OCDE sobre as previsões económicas até 2060, dentro de cinco décadas, o mundo será quatro vezes mais rico, mais produtivo, mais global e mais educado do que hoje. No entanto, a média de crescimento global a longo prazo será apenas de 2,7%, incluindo até mesmo as economias emergentes. No mundo industrializado reinará a estagnação económica. O mercado de trabalho para pessoas qualificadas irá florescer graças aos avanços tecnológicos, mas todos os outros trabalhos serão substituídos pela automatização. Este fenómeno implica um aumento da desigualdade na ordem de 30%. Em 2060, países como Suécia conhecerão uma desigualdade semelhante à que existe actualmente nos EUA. O economista americano Robert Gordon adverte contra os excessos de optimismo. Sobretudo no que se refere aos ganhos da produtividade com a tecnologia de informação. Diz que os efeitos já estão a esgotar-se. A OCDE recomenda mais globalização, mais privatizações, mais austeridade, mais imigração e impostos sobre o capital. Mas de acordo com Mason, "populações armadas smartphones, e um maior senso de seus direitos humanos, não aceitam um futuro de alta desigualdade e baixo crescimento."

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