No bairro de
Molenbeek, o "pequeno Marrocos" de Bruxelas, foram incendiados na madrugada de quinta-feira dois carros da polícia. Os incidentes refletem a tensão que existe naquele municipio considerado o reduto dos jihadistas na Europa. Foi ali que
Salah Abdeslam se radicalizou e conheceu
Mohamed Abrini, o "homem do chapéu", quando era um adolescente. No jornal
Le Monde de ontem, o correspondente em Bruxelas
Jean-Pierre Stroobants, explica: "A partir de meados da década de 1990, os jornalistas alertaram para os relatórios sobre o desenvolvimento de mesquitas radicais nesta zona da cidade e também para a actividade do Centro Islâmico, fundado em 1997 pelo pregador extremista
Shaykh Bassan al-Ayashi. Foram ali recrutados os assassinos do comandante
Ahmed Shah Massoud que foi morto no Afeganistão na véspera de 11 de Setembro de 2001. Actualmente o sheik de 68 anos lidera um grupo que diz querer expulsar o Estado Islâmico da Síria. "O ISIS não se preocupa com a Síria. Tem a sua própria agenda que é a fundação de um estado islâmico radical, não deixando lugar para outras religiões, muito menos os não-crentes", afirmou. Mas há quem sustente que a sua facção fez um acordo com IE. De resto, é o Estado Islâmico que tem mais adeptos em Molenbeek.
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