A violência explodiu de novo em Atenas, enquanto milhares de pessoas protestavam contra os cortes da aplicação da austeridade. Segundo a policia, cerca de 12 mil participaram em protestos na capital grega e outros 6000 em Tessalónica. Gerou-se o caos hoje com os serviços públicos fechados. Jovens encapuzados partiram as janelas de uma carrinha da TV e atiraram bombas de fogo à polícia que respondeu com rajadas de gás lacrimogéneo. A paralisação cortou o tráfego marítimo por um segundo dia, enquanto dezenas de vôos tiveram que ser cancelados ou reescalonados e os hospitais funcionaram com pessoal de emergência. "Queremos enviar uma mensagem decisiva ao governo, à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional, que não vamos deixar que cortem as nossas vidas", disse
Alekos Perrakis, membro do sindicato comunista PAME. A mobilização é dirigida contra os novos cortes de pensões à Grécia pelos credores em troca de resgate financeiro. O projecto de lei vai ser aprovado hoje à noite e implica 4,9 biliões de euros em cortes em 2018-2021. O governo de
Alexis Tsipras aceitou estas medidas para desbloquear a vinda do dinheiro antes do pagamento da dívida em Julho. Em contrapartida, a Grécia adoptará medidas de apoio à pobreza - como os subsídios à renda e à medicina - durante o mesmo período de tempo. Os sindicalistas de polícia desdobraram uma bandeira negra enorme no monte de Lycabettus sobre Atenas em alemão e grego, dirigida à chanceler alemã
Angela Merkel e ao primeiro-ministro
Alexis Tsipras. A Alemanha pagou uma parte importante dos três salvamentos da Grécia. Atenas espera que o pagamento do empréstimo seja aprovado por uma reunião dos ministros das finanças da zona do euro em 22 de Maio. Espera ainda uma promessa clara sobre a redução da sua enorme dívida e que lhe seja finalmente permitido o acesso ao programa de compra de activos do Banco Central Europeu para ajudar o seu regresso aos mercados de títulos.
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