O artista
Carlos Martiel, nascido em Havana em 1989, vive e trabalha entre Nova Iorque e Cuba. Graduado pela Academia Nacional de Bellas Artes de San Alejandro, segue a linha performática inaugurada por
Ana Mendieta y consolidada por
Tania Bruguera que foi sua professora na Cátedra da Arte de Conduta. Reconhecido a nível internacional, tem algumas obras na 57ª Bienal de Veneza. Usa o corpo em acções agressivas próximas do sacrifício como um meio para descolonizar o pensamento e denunciar as contradições da nossa época. É um crítico do sistema político cubano. "A primeira coisa que deve ser feita por um estado que se declara justo e humano é proteger o direito de seus cidadãos. Quando isto falha a dissidência e a inquietação toma conta da população. Todo governo deve aprender com seus erros e reparar a estrutura social, fornecendo assim espaço para a democracia. O trabalho que tenho feito com relação a Cuba possui uma forte critica, revelando a realidade dos cubanos. Tem explorado o abuso de poder, a marginalização e o isolamento de uma estratégica política condenável", afirmou numa entrevista. Já se expôs em inúmeros museus do mundo e recebeu vários prémios. Ele inscreve-se na prática do conceptualismo puro e duro dos anos sessenta-setenta. No ritual, entendido como antropológico. O seu corpo é o material de especulação estética e política.
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