Anne Hidalgo, a presidente do município de Paris, quer proibir um festival feminista negro na capital francesa, alegando que se trata de uma manifestação de racismo. A primeira edição do Festival
Nyansapo, que decorre entre 28 a 30 de Julho no Centro Cultural Le Generale, apresenta-se como " um evento enraizado no feminismo e activismo negro". O anúncio de "não misturado", portanto proibido a brancos, irritou a socialista que condenou não só os organizadores do evento, como disse ainda que os iria processar por discriminação. Organizações anti-racistas e anti-semitas francesas também condenaram fortemente o festival. SOS Racisme descreveu o evento como "um erro, até mesmo uma abominação".
Wallerand de Saint-Just, chefe regional do partido da Frente Nacional de
Marine Le Pen, desafiou Hidalgo na sexta-feira para explicar como a cidade estava promovendo um evento com um conceito claramente racista e anti-republicano". Mas o
Nyansapo não é o primeiro evento francês de racismo. Um "acampamento de verão de descolonização" na cidade de Reims, no nordeste do país, provocou uma indignação semelhante em 2016. Segundo a
Bloomberg, numa notícia mais actualizada, Hidalgo disse que sua discussão "firme" com os organizadores tinha sido satisfatória para ambas as partes. Contudo, o colectivo afro-feminista MWASI, respondeu que não mudou o programa do festival "uma polegada ". Enquanto isso, na semana passada, várias mulheres muçulmanas que tentaram organizar uma "festa de burkini" foram detidas em Cannes.
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