quarta-feira, 31 de maio de 2017

A Musa


A lendária top model dos anos 60 publicou um livro de memórias com o título de Walking with the Muses. Depressa se tornou um ícone na cena da moda parisiense. Era amiga do jovem Karl Lagerfeld, dançava com Andy Warhol, namorava com Mick Jagger e posou para Salvador Dali. As campanhas e capas de revistas que protagonizou eram famosas. Pat Cleveland nasceu em Nova Iorque em 1950. A sua mãe era uma pintora afro-americana e o pai um saxofonista sueco branco. André Leon Talley qualificou-o como "a modelo mais extraordinário do século" e Bill Cunningham, um homem de poucas palavras, simplesmente chamou-lhe "The Supermodel". Nada convencional, não se limitava a ser um cabide. Cresceu no Harlem. "Ser negro era como se trouxesse um cartaz a dizer: odeiem-me porque sou negra. Tivemos problemas com o KKK. Uma noite, eu e a minha família, fomos obrigados a fugir de um hotel no meio da noite. Foi assustador.", relatou. Mas os fotógrafos achavam que ela não era suficientemente preta nem branca. Em 1970 mudou-se para Paris. Voltou aos Estados quando a Vogue decidiu colocar uma modelo negra na capa, o que até aí não acontecia. Actualmente a icónica ex modelo vive com o marido o fotógrafo Paul van Ravenstein em New Jersey num ambiente rural. É mãe de Anna Cleveland, também modelo, e de Noel van Ravenstein

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