Os detalhes das queixas de assédio sexual contra o ex-apresentador
Matt Lauer, o poderoso apresentador do
Today Show, são bastante notáveis. Envolvem obscenidades, exibição do pénis e até brinquedos sexuais. "Mas talvez o mais perturbador seja o facto dos executivos da Weinstein Co. e da ABC News -o grupo de notícias da NBC- terem sido repetidamente abordados por funcionárias e advertido sobre o comportamento de Lauer. Não fizeram nada porque não queriam prejudicar nenhum dos lucrativos negócios de publicidade vinculados a Lauer, segundo a revista
Variety que publicou uma reportagem onde sugere que a NBC sabia de tudo. Até descreve Lauer como "vaidoso e rude" muito longe da imagem do "Pai dos EUA" que ele cultivou no Today. Era conhecido por fazer comentários obscenos verbalmente ou por mensagens de texto. Chegou a referir o desempenho de uma colega na cama. "Teve inúmeras relações consensuais, mas isso não admira devido ao poder que ele mantinha", disse um ex-produtor que sabia desses encontros. No seu escritório, chamou uma funcionária e mostrou-lhe o pénis. Ofereceu um brinquedo sexual a uma colega com uma nota dizendo que gostaria de o usar nela. A jóia da coroa da NBC ganhava 25 milhões de dólares anuais. A causa de sua demissão, de acordo com algumas fontes, foi uma reclamação detalhada de uma funcionária da rede sobre a conduta sexual inadequada de Lauer que começou numa viagem aos Jogos Olímpicos de Sochi em 2014. É um dos nomes mais visíveis dos media a serem abatidos neste crescente debate nacional sobre o assédio sexual no local de trabalho. O escândalo tornou-se um embaraço para a NBC que já tinha sido criticada por ter recusado o primeira relato sobre
Harvey Weinstein. Agora, com
Charlie Rose e Lauer desaparecidos, a televisão diurna já perdeu dois dos seus mais proeminentes co-anfitriões masculinos.
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