Entre os numerosos figuras de alto perfil presas ontem à noite na Arábia Saudita sob acusações de "corrupção", além do príncipe
Alwalaleed bin-Talal, um doador bilionário da
Fundação Clinton, surgiu um outro nome inesperado. Trata-se de
Bakr bin Laden, presidente do grupo
Saudi Binladin e irmão de
Osama bin Laden. O grupo Binladin que é uma das maiores empresas de construção com uma facturação anual de 30 biliões de dólares, estava realizando a expansão do complexo Kaaba. Baseado em Jeddah e anteriormente favorecido pela família real da Arábia Saudita, possui uma ampla gama de negócios como a construção de mesquitas, telecomunicações e venda de refrigerantes Snapple na Arábia Saudita. A família já fez doações para faculdades, organizações islâmicas e outras causas sem fins lucrativos, tanto na Inglaterra como nos EUA. A lista dos detidos inclui no total onze príncipes, quatro ministros actuais e dezenas de ex-ministros. Segundo a
Reuters, a linha entre fundos públicos e dinheiro real nem sempre é clara na Arábia Saudita, uma monarquia absoluta governada por um sistema islâmico em que não existe um parlamento eleito. A
WikiLeaks detalhou os grandes salários mensais que todos os reis sauditas recebem, bem como vários esquemas de criação de dinheiro que alguns usaram para financiar luxuosos estilos de vida. Em Setembro, o rei anunciou que a proibição das mulheres conduzirem carros seria levantada, enquanto o príncipe
Mohammed está tentando quebrar décadas de tradição conservadora, promovendo entretenimento público e visitas de turistas estrangeiros. Mas há quem diga que o movimento foi um "contra-golpe" semelhante ao realizado em Junho pelo príncipe
Mohammad bin Salman para controlar o poder do país.
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