domingo, 5 de novembro de 2017

Prisões na Arábia Saudita

Entre os numerosos figuras de alto perfil presas ontem à noite na Arábia Saudita sob acusações de "corrupção", além do príncipe Alwalaleed bin-Talal, um doador bilionário da Fundação Clinton, surgiu um outro nome inesperado. Trata-se de Bakr bin Laden, presidente do grupo Saudi Binladin e irmão de Osama bin Laden. O grupo Binladin  que é uma das maiores empresas de construção com uma facturação anual de 30 biliões de dólares, estava realizando a expansão do complexo Kaaba. Baseado em Jeddah e anteriormente favorecido pela família real da Arábia Saudita, possui uma ampla gama de negócios como a construção de mesquitas, telecomunicações e venda de refrigerantes Snapple na Arábia Saudita. A família já fez doações para faculdades, organizações islâmicas e outras causas sem fins lucrativos, tanto na Inglaterra como nos EUA. A lista dos detidos inclui no total onze príncipes, quatro ministros actuais e dezenas de ex-ministros. Segundo a Reuters, a linha entre fundos públicos e dinheiro real nem sempre é clara na Arábia Saudita, uma monarquia absoluta governada por um sistema islâmico em que não existe um parlamento eleito. A WikiLeaks detalhou os grandes salários mensais que todos os reis sauditas recebem, bem como vários esquemas de criação de dinheiro que alguns usaram para financiar luxuosos estilos de vida. Em Setembro, o rei anunciou que a proibição das mulheres conduzirem carros seria levantada, enquanto o príncipe Mohammed está tentando quebrar décadas de tradição conservadora, promovendo entretenimento público e visitas de turistas estrangeiros. Mas  há quem diga que o movimento foi um "contra-golpe" semelhante ao realizado em Junho pelo príncipe Mohammad bin Salman para controlar o poder do país.

Sem comentários: