quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Protestos

O protesto banalizou-se de tal maneira nos Estados Unidos que deixou de ter significado. Aparecem sempre uns idiotas à busca de cinco minutos de fama. Activistas anti-gentrificação de Los Angeles e Nova Iorque protestaram na inauguração  da exposição de Laura Owens no Whitney, considerando a artista e o seu galerista Gavin Brown  responsáveis do afastamento da classe trabalhadora dos bairros como Boyle Heights de Los Angeles com o seu espaço Mission 356. A Chinatown e o Harlem de Nova Iorque, onde começaram a surgir galerias de arte, também foram visados .Um grupo de activistas exibiu um cartaz que dizia "Laura Owens e Gavin Brown Fuera de Boyle Heights". Eu condeno a gentrificação, mas vamos ouvir o outro lado. "Respeito o direito das pessoas ao protesto de maneira segura e não violenta. Embora discordássemos da sua retórica e acusações, compartilhamos o objectivo de criar um mercado de habitação mais justo", escreveu Owens. Acusou também os manifestantes de intimidar e ameaçar a equipa da galeria Mission 356  e de se recusarem a participar num diálogo aberto sobre a crise da habitação da cidade. "Depois de se recusarem a dialogar, os manifestantes aumentaram as suas técnicas agressivas, distribuindo informações falsas sobre nós em contas anónimas das redes sociais e ameaçando os nossos funcionários e apresentadores, incluindo pessoas que fazem parte de comunidades vulneráveis. Fazemos as coisas em público. Temos um endereço, um número de telefone e estamos abertos a críticas. Recebemos insultos anónimos e ameaças de morte deixadas no nosso correio de voz. Acredito no que fazemos e em todos os artistas, músicos, artistas e escritores que apresentaram o seu trabalho na 356 que é uma comunidade artística", acrescentou Owens.

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