O escritor
Junot Díaz (1968) revelou que foi sexualmente agredido quando tinha oito anos num artigo publicado na revista
The New Yorker intitulado
The Silence: the Legacy of Childwood Trauma. "Eu nunca recebi nenhuma ajuda, nenhum tipo de terapia. Eu nunca contei a ninguém". Teve depressão, raiva e tentativas de suicídio. Alguns leitores perceberam, porque os personagens das suas histórias de ficção frequentemente lidam com violência sexual. O vencedor do
Prêmio Pulitzer nunca conseguiu reconhecer publicamente o facto, mesmo quando questionado por outras vítimas de abuso. Agora decidiu compartilhar a sua verdade com o mundo. "Mais do que ser dominicano, mais do que ser imigrante, mais do que ser de ascendência africana, meu estupro me definiu. Eu gastei mais energia fugindo disso do que vivia. Estava confuso sobre porque não lutei, porque tive uma ereção enquanto estava sendo violado, o que eu fiz para merecer isso. E sempre tive medo - medo de ser descoberto. Afinal, os dominicanos “verdadeiros” não são estuprados. E se eu não fosse um homem dominicano “real”, não era nada. O estupro me excluiu da masculinidade, do amor, de tudo". Nascido em Santo Domingos, emigrou para os Estados Unidos com a família ainda criança. É professor de escrita criativa no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Recebeu o
Pullitzer de ficção em 2008 com o livro
The Brief Wondrous Life of Oscar Wao.
Sem comentários:
Enviar um comentário