quinta-feira, 3 de maio de 2018

Andrea Wekua


Trabalhando com escultura, pintura, fotografia, desenho, livros de artista e cinema, Andro Wekua cria ambientes em que os vários elementos formam relações inesperadas e muitas vezes oníricas. O artista apresenta um novo projeto especificamente concebido para o Museum of Contemporary Art, em Moscovo. A exposição tem o título de Dolphin in the Fountain. Gosto da "atmosfera" criada por este artista georgiano de 41 anos que vive em Berlim depois de ter fugido com a família da Abkházia na guerra de 1992-93. Usa flashbacks da sua infância na narrativa que suporta as suas obra de arte. "Quando todas as manifestações começaram e o sistema soviético começou a desmoronar lentamente, até a nossa escola foi afectada", lembra o artista que diz ter vivido num mundo paralelo. "Tudo mudou quando esses problemas me atingiram e viraram o meu mundo de cabeça para baixo - quando o meu pai foi morto", afirmou. O seu pai, um líder do grupo dissidente que apoiava a independência da Geórgia da União Soviética, foi morto numa manifestação em 1989. Wekua é bem conhecido no mundo da arte desde os seus vinte anos. O MoMA e a Saatchi Gallery possuem várias peças suas. As esculturas de Wekua representam figuras adolescentes andróginas, em tamanho real e natural. O seu filme mais conhecido, "Nunca Durma com um Morango na Boca (2010), apresenta imagens ainda mais estranhas, semelhantes a andróides, desta vez interpretadas por humanos, num cenário doméstico mágico-realista.

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