quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Judy Chicago


 
H´50 anos atrás, Judy Chicago colocou o mundo em chamas, liberando atmosferas no ar que respiramos e provocando uma paixão pela pirotecnia que continua até hoje. A  galeria de Miami Nina Johnson inaugurou agora uma exposição  de impressões fotográficas nunca antes vistas documentando esta presciente série de instalações e performances de paisagem feitas entre 1968 e 1974, concomitantemente à principal pesquisa da artista A Reckoning no Institute of Contemporary Art."Não é incomum levar décadas para as pessoas entenderem o meu trabalho", explica Chicago que tem 79 anos. Não é de todo surpreendente, considerando as maneiras pelas quais Atmosferas faz a ponte entre o atemporal e o temporal, tornando a arte uma acção, e não um objeto, para contemplar - como a expressão máxima dos princípios femininos sagrados da Mãe Terra", afirmou.. Atmospheres encontraram expressão nas ruas de Pasadena, Califórnia, onde Chicago viveu e trabalhou, vários anos depois de se formar com um MFA da UCLA. “Usando um sistema de cores que desenvolvi para propósitos emotivos, fiz uma série de cúpulas dimensionais, nas quais a cor ficava presa dentro das formas transparentes”,sublinhou. Inscrevia-se no movimento radical da Land Art a contra a comercialização de arte, mas, ao mesmo tempo, os homens que o lideravam pareciam propensos a destruir o meio ambiente, muito parecido com os seus antepassados ​​colonizadores.- Como Richard Serra fez em 1970, quando cortou árvores de Redwood e as empilhou no Museu de Arte de Pasadena.Chicago rejeitou tudo, reconhecendo a divindade da Terra e a necessidade de protegê-la de nós mesmos. “Passei uma quantidade considerável de tempo trabalhando em imagens do feminino como sagradas, com base em estudos que demonstraram que todas as primeiras sociedades eram adoradoras de deusas”, diz ela.

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