Um assessor de
Mohamed Morsi disse que o ultimato do exército equivale a um golpe militar. Depois dos motins da noite 30 Junho, envolvendo 14 milhões de manifestantes nas ruas que saquearam a sede da Irmandade Muçulmana, o presidente egípcio está claramente enfraquecido. O descontentamento popular é compreensível. O país vive numa crise económica e política sem precedentes e muitos dos objectivos da Primavera Árabe foram esquecidos. A economia deve crescer 2,5%, metade da taxa do ano passado, e o défice orçamental está agora em 11,5% do PIB. O défice deve-se em grande parte aos subsídios dos combustíveis, ao desperdício de alimentos, beneficiando sobretudo as famílias mais ricas e corporações, enquanto os pobres se defrontam com dificuldades ao nível da subsistência. As importações subvencionadas esgotaram as reservas de divisas do país e não houve vontade política de fazer reformas.
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