Estado de Guerra

"O povo americano não têm estômago para uma nova guerra na Síria. Também não faz sentido expandir a nossa lista de inimigos desde o ISIS, Nusra Front que está ligada à al-Quaida, às forças armadas da Síria, Rússia, Irão e Hezbollah. Estes três últimos têm lutado para salvar o regime de Assad porque vêem interesses vitais em perigo de cair. Nós não temos interesses em risco na Síria. Temos vivido com os Assad desde que Richard Nixon foi a Damasco. O presidente Obama não vai intervir. E o Congresso, que tem a competência exclusiva para declarar guerra, nunca autorizou uma guerra contra a Síria. Obama estaria cometendo um acto impeachable se começasse a derrubar aviões russos ou sírias.Também poderia estar colocando-nos na escada rolante da terceira Guerra Mundial.
À medida que os rebeldes perdem força aérea, a mensagem da Rússia é para nós. Na semana passada, o Ministério do Exterior russo advertiu que ataques dos EUA na Síria "vão levar a terríveis consequências tectônicas não só no território deste país, mas também na região no seu conjunto".
Na semana passada, também o chefe dos marines Joseph Dunford advertiu que a criação de uma "zona de exclusão aérea" na Síria poderia significar uma guerra com a Rússia. Há cinco anos atrás, Obama declarou que Assad devia renunciar. Foi ignorado. Então, desenhou uma "linha vermelha", declarando que o uso de armas químicas de Assad levaria a US a atacar greves. Mas quando Obama preparou uma acção militar em 2013, o Congresso disse não e o presidente recuou. Quando Assad começou a perder a guerra, Putin interveio para salvar seu aliado árabe e rapidamente reverteu a situação. Agora, com 10.000 soldados do Hezbollah, da Guarda Revolucionária iraniana e mercenários afegãos preparam-se para atacar Aleppo com o apoio do poder aéreo russo, Assad pode estar à beira da vitória na batalha mais sangrenta e decisiva da guerra. Enquanto os EUA não podem derrotar a coligação Assad sem correr o risco de uma guerra mundial." (Patrick Buchanan).