As autoridades espanholas prenderam um clérigo muçulmano que o
New York Times entrevistou, elogiando os seus esforços no combate à radicalização na comunidade islâmica na Alemanha. Alguns meses depois do jornal de "referência" publicar a a luminosa história do suposto pacifista,
Hesham Shashaa foi preso por agressão física à sua terceira esposa que foi hospitalizada com o nariz e os ombros partidos. "O ataque foi obviamente muito brutal", disse um porta-voz do hospital na época. "O que um homem faz com sua esposa não diz respeito às autoridades", disse o herói do NYT. Shashaa também conhecido por
Abu Adam, um egípcio-palestino de 46 anos, foi detido em 26 de Abril perto de Alicante, acusado de ajudar o Estado Islâmico, exaltando o terrorismo e promovendo o jihadismo salafita. Segundo o Ministério do Interior espanhol, facilitara a viagem a Espanha de militantes do ISIS, fornecendo-lhes dinheiro, refúgio e documentos falsos. Usou as redes sociais como ferramenta para "gerar ódio", publicando vídeos com os líderes terroristas a doutrinarem os seus seguidores. O juiz
Eloy Velasco ordenou a prisão sem fiança do clérigo que vive desde 2012 numa mansão de 10.000 metros quadrados em Teulada-Moraira, uma pequena cidade na costeira, com as suas quatro esposas e 18 crianças. A fonte da riqueza de Shashaa está a ser investigada. A sua mesquita em Munique foi fechada em Outubro de 2015 devido a dificuldades financeiras, enquanto a mansão que ele comprou na Espanha vale mais de meio milhão de euros. Já passaram mais de duas semanas desde que Shashaa foi detido, mas o
New York Times ainda não informou sobre o destino do "Imã de Munique que se esforça por diluir o elixir do Islão radical". Na verdade, o jornal
Die Zeit já tinha relatado que as actividades do "moderado" imã se tornaram cada vez mais suspeitas para a inteligência alemã. Mas o NYT não ligou.
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