O príncipe herdeiro da Arábia Saudita,
Mohammed bin Salman admitiu numa entrevista na
The Atlantic que cidadãos sauditas financiaram grupos terroristas e que os israelitas têm o direito de viver pacificamente nas suas próprias terras. "Quando se trata de financiar grupos extremistas, eu desafio qualquer um, se puder trazer qualquer evidência de que o governo saudita financiou grupos terroristas. Sim, há pessoas da Arábia Saudita que financiaram grupos terroristas. É contra a lei saudita. Temos muitas pessoas na prisão agora, não apenas por financiarem grupos terroristas, mas também por os terem apoiado". Os comentários de Bin Salman acontecem dias depois de um juiz dos Estados Unidos ter rejeitado o pedido da Arábia Saudita para indeferir processos que a acusam de envolvimento nos ataques de 11 de Setembro. Os casos baseiam-se na Lei de Justiça Contra os Patrocinadores do Terrorismo, uma lei de 2016 que isenta o princípio legal da imunidade soberana, permitindo que as famílias das vítimas levem os governos estrangeiros a tribunal. As famílias apontam o facto da maioria dos sequestradores serem cidadãos sauditas e afirmam que autoridades e instituições sauditas "ajudaram e incitaram" os agressores nos anos que antecederam os ataques. Em Novembro passado, Bin Salman anunciou planos para "eliminar terroristas da face da Terra", formando uma coligação de 40 países muçulmanos para derrotar o Estado Islâmico. Bin Salman foi aos Estados Unidos com o objectivo de atrair empresas americanas e investimentos para a Arábia Saudita - uma componente crucial do seu plano "Vision 2030", a fim de diminuir a economia do reino da dependência do petróleo. Segundo a media dos EUA, tem uma agenda de reformas "ambiciosa". Foi também elogiado por suspender as restrições das mulheres conduzirem carros, afrouxando as regras das interações entre homens e mulheres e também controlando a polícia religiosa do país.
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