segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O incómodo Assange


Tornou-se uma celebridade quando seu site WikiLeaks publicou milhares de informações secretas do governo dos EUA. Em Junho de 2012 pediu asilo à embaixada do Equador onde ainda permanece.´É um prisioneiro das suas próprias teorias da conspiração. Funcionários e guardas de segurança da embaixada apresentam relatórios oficiais diários sobre as actividades do seu hóspede. Documentos "secretos" revelam uma relação crispada entre Julian Assange e os seus anfitriões. Há detalhes, contidos numa série de documentos internos do governo equatoriano, relatados pelo jornalista Fernando Villavicencio na BuzzFeeds, de confrontos e planos de potenciais planos de fuga. Dizem que Assange lutou com um guarda,  que bebe demais e que precisa de apoio psicológico. Os seus acessos de ira e os sentimentos de superioridade provocam tensão no ambiente. Sobretudo nas mulheres que trabalham na embaixada. Rafael Correia, um ditador à boa maneira latino-americana, não lhe ofereceu asilo por respeitar a liberdade de informação mas porque é anti-americano."Quando os cidadãos do seu país tentam dizer a verdade, o amor do governo do Equador à liberdade desaparece. É um estado autoritário petro-socialista que controla os órgãos de informação. Silenciou os cientistas do Instituto Geofísico do Equador por temer que as advertências de possíveis erupções do vulcão Cotopaxi causassem pânico. O estado chavista da Venezuela é tão mau como o estado do Equador. Os governos conservadores de Órban da Hungria, de Putin da Rússia e de Erdogan da Turquia têm todos os elementos democráticos das eleições, mas todos eles usam as mesmas camisas de força para restringir os argumentos democráticos..." (Nick Cohen, The Guardian)

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