Em 1971, esta fotografia de
Jan van Raay mostra o artista
Cliff Joseph liderando no auge do inverno um grupo de artistas-activistas membros da
Black Emergency Cultutal Coalition (BECC) que protestavam contra a polémica exposição de artistas negros contemporâneos no
Whitney Museum. A mostra vem na sequência da exposição que o museu apresentou em finais dos anos 60 sobre a pintura e a escultura da década de 30. O curador
Bill Agee negligenciou a inclusão de afro-americanos, apesar do seu envolvimento com as artes visuais, nomeadamente através da
Works Progress Administration. Em Novembro de 1968 veio uma resposta do
Studio Museum do Harlem que montou uma exposição intitulada
Invisible Americans, apresentando as obras de artistas negros que trabalharam na década de 1930. Foi o caso de Jacob Lawrence, Horace Pippin, Norman Lewis, Charles Alston, e Romare Bearden e de muitos outros. Em 1971, o Whitney tentou corrigir o erro com a nova exposição
Contemporary Black Artists in America Black que se revelou um desastre. O director
John Baur, apesar dos esforços do BECC, recusou-se a contratar um curador negro para coordenar o show. Decidiu apostar em
Robert Doty que não quis consultar um especialista em arte e cultura afro-americana. Como resultado, aconteceu um boicote e vários artistas convidados retiraram a sua participação. No livro
Mounting Frustration, a autora afirmou na introdução: "Os museus foram obrigados a enfrentar as demandas dos artistas pela justiça e igualdade".
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