Dois meses depois da perda do referendo constitucional de 4 de Dezembro, Matteo Renzi deixou de ser líder do partido no poder em Itália, provocando uma reeleição contra os dissidentes minoritários que ameaça a estabilidade do governo de centro-esquerda, relata a Bloomberg. As facções esquerdistas ameaçaram abandonar o Partido Democrata. "Sinto-me responsável pela derrota, há um antes e um depois. O referendo foi um golpe até para o sistema económico do país e devemos agora colocar o carro de volta à estrada", disse Renzi que denunciou a "chantagem feita por uma minoria" e as lutas internas que chamou de ser "um presente"para o Movimento Cinco Estrelas. Espera candidatar-se à reeleição num congresso em Abril ou Maio. Como acrescentou a Bloomberg, as preocupações com a divisão do partido fizeram subir as taxas de rendibilidade das obrigações italianas e conduziram ao maior spread entre as obrigações italianas e alemãs a 10 anos desde Fevereiro de 2014. Os críticos de Renzi pediram que ele retire os apelos para as eleições antecipadas e prometa apoio a Gentiloni para que permaneça como primeiro-ministro até o final da legislatura no início de 2018. Também querem mais tempo para preparar um congresso e as primárias e um programa mais esquerdista. Numa reunião de dissidentes partidários ontem, os críticos de Renzi cantaram "Bandiera Rossa", uma canção icónica do movimento operário italiano. Enrico Rossi, presidente da região da Toscana, apelou para "um partido que esteja do lado dos trabalhadores" e ridicularizou Renzi por "tentar apresentar-se como o francês Macron."
Entretanto, uma pesquisa de opinião da Ipsos, publicada no jornal Corriere della Sera ontem, revelou que a Five Star de Beppe Grilo teria 30,9% dos votos, contra 30,1% do PD. A Forza Italia de Silvio Berlusconi atingiria 13%, enquanto a Liga Norte ficava nos 12,8%. Quanto à facção do separatista do Partido Democrata teria só o voto de 4,3% dos eleitores.
adios amigos
Há 9 anos
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