A pintura das paredes da caótica São Paulo, habitada por 12 milhões de pessoas, é uma das prioridades da administração do novo perfeito da metrópole. Faz parte de um projecto chamado de
Cidade Bonita com o objectivo de tornar a paisagem urbana mais amena. O programa começa amanhã com "eventos de limpeza", em que os trabalhadores substituem as luzes partidas das ruas, vão remendar as calçadas desfeitas, cortar os ramos das árvores rebeldes e a repintar as paredes onde existem graffitis.
João Dória, antigo anfitrião de programa da versão brasileira
The Apprendice. disse numa entrevista televisiva que os taggers eram criminosos. Enquanto a maioria dos paulistas parece estar de acordo com o projecto de limpeza, muitos estão preocupados que os murais que tornaram a cidade conhecida - e que servem como uma forma de expressão dentro do denso ambiente urbano - estejam sendo sacrificados em nome de limpeza. Um juiz decidiu proibir
João Dória de destruir qualquer pintura sem consultar o departamento da cidade que governa a preservação histórica, suspendendo efectivamente aquela parte do programa da Cidade Bonita. Alguns artistas de rua e rappers protestaram. Mas
Rosangela Lyra, ex-directora da marca de moda
Dior no Brasil, apoia o programa da Doria. Ela se ofereceu para ajudar com a limpeza num fim de semana. "O programa está sendo muito bem recebido pela população porque queremos viver num espaço público que seja limpo e bonito", afirmou ela que defende planos para centros de graffiti designados.
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