"Eu sempre digo que a beleza é a ferramenta mais nítida para fazer as pessoas sentirem algo. A estética do sofrimento humano é sempre percebida como insípida, grosseira ou moralmente errada, mas na minha opinião é que o poder da estética para comunicar deve ser aproveitado em vez de suprimido", afirmou o fotógrafo Richard Mosse que inaugurou uma instalação de filme sobre a crise dos refugiados na galeria do Barbican's Curve, em Londres. Para esta nova exposição com o título de Incoming utilizou uma nova e poderosa câmara tele objectiva militar para criar uma obra de arte sobre a crise migratória que se desenrola em todo o Oriente Médio, Norte da África e Europa. A máquina detecta corpos humanos a grandes distâncias usando tecnologia térmica, transformando-os em avatares brilhantes, destituídos de qualquer identidade definidora. Desprovidos de cor e detalhe, os filmes tornam-se bizarras iterações oníricas da realidade. O trabalho de Mosse capta a beleza e a tragédia na guerra e na destruição. Fotografou destroços de aviões abandonados nos confins mais distantes do planeta e os antigos palácios de Uday e Saddam Hussein no Iraque. A sua série Infra capturou a guerra em curso entre facções rebeldes e o exército nacional congolês na República Democrática do Congo. Nascido na Irlanda em 1980, mas a viver em Nova Iorque, Mosse foi, em 2014, o vencedor do Prémio de Fotografia Deutsche Börse. Em 2013 representou a Irlanda na Bienal de Veneza com The Enclave, uma instalação de vídeo de seis canais que utilizou filme.
adios amigos
Há 9 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário