Há dois anos atrás foram publicadas imagens do declínio e da falência de Detroit, A
motor city que já fora uma metrópole vibrante transformou-se no cartaz da decadência urbana. Ganhou o prémio da cidade mais insalubre da América. Há outras, cujas infraestruturas ameaçam ruir. Mas as pessoas são criativas e tentam sobreviver. Bairros inteiros apostaram na agricultura. Em 1950, o Eldorado da indústria automóvel, era uma cidade próspera e tinha 1.850.000 habitantes. Hoje, devastada por offshoring e com 50% de desempregados, só abriga 680.250 pessoas. Em 2011, a dívida atingiu 18,5 biliões de dólares e chegou a declarar falência. Felizmente, surgiu uma luz ao fundo do túnel. O símbolo desse renascimento foi o aumento do número de quintas urbanas. Detroit conta agora com 1600. Recentemente, em parceria com uma associação local (Michigan Farming Urban Initiative), a cidade e os seus habitantes lançaram a conversão total de um dos seus bairros em terras cultiváveis.
Agrihood Project consiste em transformar uma área abandonada num jardim extraordinário, 100% orgânico, 100% sustentável ... e 100% livre! Operando apenas numa base voluntária,
Agrihood já dispõe de 200 árvores de fruto e de um jardim sensorial. Espera ainda a chegada de um café comunitário e de um centro de educação. O sistema não só recria a relação entre as pessoas em torno de um projecto bonito, mas permite que a cidade obtenha a auto-suficiência. Foram distribuídas gratuitamente 22 toneladas de frutas e vegetais orgânicos a 2000 famílias. Isto é importante, especialmente num país onde a insegurança alimentar afecta 13% da população.
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