No Reino Unido é extremamente raro que as entrevistas com membros da inteligência britânica sejam transmitidas nos programas de notícias em horário nobre, mas foi o que aconteceu.
Andrew Parker, director-geral do MI5, alertou que a Grã-Bretanha estava a enfrentar uma das ameaças terroristas mais graves de todos os tempos e novos ataques são inevitáveis. E explicou: "Essa ameaça é multidimensional, evoluindo rapidamente e funcionando numa escala e ritmo que não vimos antes. Está no ritmo mais alto que eu já vi na minha carreira de 34 anos. Hoje, há mais actividades terroristas, chegando a nós rapidamente e podem ser mais difíceis de detectar". O Estado Islâmico sofreu fortes derrotas no Iraque e na Síria, mas o MI5 estima que 850 britânicos que viajaram para o seu território poderiam voltar para o Reino Unido. Cerca de 100 morreram na luta. "Um dos nossos principais desafios é que nunca temos fragmentos de informação, daí que precisamos de tentar reunir uma imagem do que pode acontecer, com base nesses fragmentos", afirmou. Defendendo sua agência, Parker afirmou que 20 tentativas de terror foram prevenidas nos últimos quatro anos e sete nos últimos sete meses. No entanto, lamentou: "A ameaça é mais diversificada do que já conheci. Esquemas complexos e também grosseiros. Planeamento prolongado, mas também ataques espontâneos. Extremistas de todas as idades, género e origens, unidos apenas pela ideologia tóxica de uma vitória violenta"
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