O primeiro-ministro israelita
Benjamin Netanyahu, garantiu em Novembro passado que o seu país "não permitirá que figuras do Estado Islâmico ou outros actores inimigos, sob a capa da guerra na Síria, se estabeleçam ao lado de nossas fronteiras", mas parece que isso já aconteceu. Um campo de treino do ISIS considerável foi instalado na fronteira de Golan Heights com Israel. Os media do país reportaram esta semana notícias sobre esse acampamento. O Canal 2 de Israel transmitiu um extenso relatório com vídeo e evidências fotográficas do que está sendo descrito como um centro de treino e recrutamento que já atraiu centenas de novos recrutas do terrorismo. Entre os comandantes está Abu Hamam Jazrawi, um dos recrutadores mais notórios do Estado Islâmico. Os comandantes também estão executando campanhas de propaganda de Internet da sua nova base, em vez da antiga sede em Raqqa, a antiga capital dos extremistas no noroeste da Síria, onde a luta para expulsá-los entrou no que parece ser a fase final. O Times of Israel reconhece outro facto chocante: a filosofia do "viver e deixar viver" com a al-Qaeda na região. E explica que tanto o exército Khalid ibn al-Walid e o Jabhat Fateh al-Sham, anteriormente o Al-Nusra Front, que está ligado à Al-Qaeda, foram criados nas fronteiras de Israel há anos. Nunca tomaram medidas significativas contra esses grupos terroristas, ao contrário do que sucede com as milícias armadas do Irão e do Hezbollat que já sofreram ataques aéreos. Segundo uma investigação do
Wall Street Journal essa relação envolveu transferências de armas, pagamentos salariais para combatentes anti-Assad e tratamento de jihadistas feridos em hospitais israelitas. Michael Morell, o ex-director interino da CIA, comentou em público que Israel estava a fazer um "jogo perigoso".
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