A comentadora política
Ann Coulter, uma das figuras do conservadorismo americano, escreveu uma coluna onde qualificava o futebol de anti-americano. E explicava porquê: porque é colectivista, culturalmente elitista e efeminado. "Trata-se de um desporto em que o talento atlético encontra tão pouca expressão que as meninas podem brincar com os meninos", afirmou. Durante cerca de dois séculos, a excepcionalidade americana deteve-se na premissa de que há um padrão de comportamento, nascido na Europa, a que a América sempre resistiu. Para alguns pensadores do século 19, por exemplo, o que tornou os Estados Unidos excepcional foi a sua recusa em participar no hábito europeu de travar guerras. Coulter e muitos outros conservadores contemporâneos, pelo contrário, consideram que o individualismo, a masculinidade e o populismo é que tornam a América excepcional. Tudo o que, segundo eles, falta ao futebol. O jogo dos Estados Unidos contra Portugal na Copa do Mundo atraiu quase 25 milhões de telespectadores, mais do que a audiência média do ano passado nas finais da NBA. A própria
Major League Soccer está a atrair um número impensável de fãs aos seus estádios.
Peter Beinart, num artigo publicado na
Atlantic onde questiona as posições de
Anne Coulter, garante que uma das razões da subida do interesse pelo futebol nos Estados Unidos. deve-se à "imigração em massa dos países fanáticos do futebol". Grande parte dos fãs de futebol hoje são hispânicos. De acordo com um estudo recente , 56 por cento dos hispânicos americanos disseram que planeavam assistir à Copa do Mundo, contra 20 por cento dos brancos não-hispânicos.
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