domingo, 6 de setembro de 2015

O declínio


A propósito de uma retrospectiva de Wim Wenders que está a ser apresentada no IFC Center de Nova Iorque, o critico Richard Brody da revista New Yorker analisa a carreira do cineasta alemão. Numa primeira fase, quando destilava cinefilia, foi "um dos directores mais intrépidos e originais daquela época". Anos 70 e 80. Fazia um cinema radical. Depois derrapou, embora mantivesse o progressismo superficial e as preocupações internacionais. Ficou preso a um sentimentalismo reaccionário. "..But Wenders never wondered about the connection between aesthetic conservatism and reactionary politics, between the severed connection to classical ages of culture and the hierarchies that they embodied and advanced. Despite the superficial progressivism and internationalism of his concerns, Wenders became the exemplary art-house filmmaker of the age of Reagan, and his aesthetic, with its pious deference to ancestral authority, remains stuck in that mode of stirringly reactionary sentimentalism". Concordo. A partir de Asas do Desejo, um filme insuportável, cortei com Wenders. 

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