Na China um professor foi demitido depois de criticar
Mao Zedong num comentário publicado on-line. Falecido em 1976,
Mao ainda é oficialmente venerado pelo Partido Comunista como o fundador da China moderna e o seu rosto aparece em todas as notas do yuan. Segundo a
Reuters, é particularmente respeitado pelos mais extremistas que acreditam que o país se tornou demasiado capitalista e desigual ao longo de três décadas de reformas baseadas no mercado.
Deng Xiaochao, de 62 anos, professor de arte na Universidade
Shandong Jianzhu na China Central, publicou um comentário em que considerava
Mao o responsável pela fome que matou 3 milhões de pessoas e da chamada Revolução Cultural em que morreram mais de 2 milhões. "A única coisa que ele fez bem foi morrer", disse no seu site entretanto fechado. O pedido de desculpas de Deng não apaziguou os partidários de
Mao que organizaram um violento protesto nas ruas. Três ou quatro pessoas foram espancadas com varas de aço, incluindo uma mulher de 60 anos. Um poeta chamado
Lu Yang que participou numa manifestação de apoio a
Deng disse estar surpreso com a violência. O establishment chinês também respondeu, quando o tablóide estatal
Global Times informou na segunda-feira que Deng foi demitido do seu cargo de conselheiro provincial. Entretanto, o comité do partido comunista da universidade publicou uma declaração dizendo que Deng nunca mais ensinaria nem lhe seria permitido organizar eventos sociais no campus. Também lhe retiraram o cargo de vice-presidente da Escola de Arte na quinta-feira. Embora exista algum debate no partido sobre as reformas, os analistas sugerem que não existem sérios desafios dos ortodoxos ao governo do presidente
Xi Jinping.
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