Um dos melhores resumos do ambiente tenso no encontro de Davos. O
New York Times narrou uma conversa durante o jantar na segunda-feira à noite como
Ian Goldin, professor de globalização e desenvolvimento da Universidade de Oxford que celebrou a conexão da economia global e os avanços tecnológicos que libertaram os seres humanos da doença, da pobreza e da escravidão do trabalho manual. "Nunca houve um melhor momento para estar vivo e mesmo assim sentimos-nos sombrios e ansiosos. Muitas pessoas sentem que este é um dos momentos mais perigosos". O que motivou a seguinte declaração de
Joseph Stiglitz, um crítico da desigualdade económica: "A globalização reduziu o poder de reivindicação dos trabalhadores e as corporações têm aproveitado. A maneira como conseguimos a globalização contribuiu significativamente para a desigualdade...Em resposta à crise económica, os países estão desistindo de protecções sociais e distribuindo cortes salariais". O economista americano afirmou ainda que a globalização e a tecnologia estão a desempenhar um papel no fracasso da zona do euro. Entretanto as elites mundiais em Davos, bem protegidos, repetem as banalidades de base. Com canapés de caviar e champanhe.
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